“O teor participativo desse evento é a alma dele, pois constrói o mapa de problemas e também as soluções a partir da escuta de quem vive a realidade que queremos enfrentar. Por isso a importância de reunir juventude negra, conselheiros, poder público e tantos atores e atrizes sociais que se debruçam em construir tecnologias sociais ancestrais e históricas, que já garantem, diariamente, a sobrevivência do nosso povo”, afirmou o diretor de Políticas de Combate e Superação do Racismo do MIR, Yuri Silva.
A secretária de Promoção e Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais da Bahia, Ângela Guimarães, destacou a importância da iniciativa. “Parabenizo o Governo Federal por estar reacendendo a chama da esperança na construção de políticas com participação social e com escuta sincera”, disse.
A Caravana Participativa recolheu contribuições feitas pelos movimentos e jovens baianos para construção e efetivação do Plano Juventude Negra Viva, que tem como objetivo reduzir a violência letal e as vulnerabilidades sociais que afetam a juventude negra.
A estudante de Artes e moradora de Santo Amaro, município localizado no Recôncavo Baiano, Karina Alves, 23 anos, não escondeu o entusiasmo ao participar da atividade.
“Esse espaço de escuta é uma oportunidade única. Muitas vezes nossas vozes são caladas e muitos de nós, jovens pretos, são silenciados e ocupam as estatísticas letais do estado. Agradeço a oportunidade desse ministério nos colocar nesses espaços que nos são de direto. Agora volto para o meu Recôncavo com muito conhecimento e com o desejo ainda mais forte de construir um Coletivo articulado de jovens que entendam e se enxerguem como serem politizados e participativos”, ressaltou.
Na capital baiana, a Caravana copntou ainda com as participações da da secretária nacional adjunta de Juventude, Jessy Dayane, e do Coordenador Estadual de Juventude, Nivaldo Millet.