IFBA e Sepromi definem parceria para realização do Festival de Empreendedorismo Negro, Inovação e Economia Criativa

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) será parceiro da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi) no Festival de Empreendedorismo Negro, Inovação e Economia Criativa, que será realizado entre os dias 21 e 23 de novembro. As definições sobre a parceria foram discutidas preliminarmente na tarde da última segunda-feira (14) durante reunião realizada na Reitoria do IFBA, entre a reitora Luzia Mota e a secretária Ângela Guimarães.

De acordo com a secretária Ângela Guimarães, o Festival “é uma proposta da Sepromi a ser realizada em parceria com o IFBA, Ministério da Ciência e Tecnologia, Ministério da Igualdade Racial, Ministério da Micro e Pequena Empresa, Sebrae Nacional, e as Secretarias de Educação, de Cultura e de Ciência e Tecnologia da Bahia”. Ela explica que o objetivo é aproximar esse público, o beneficiário do público, o público produtor de empreendedorismo negro nas várias áreas, seja ele na pesquisa científica e tecnológica, seja ele na economia criativa, nos diversos ramos das cadeias produtivas, das políticas públicas desenvolvidas pelo Governo do Estado, pelo Governo Rederal e por instituições de forma geral.

“A ideia é ter um espaço para formação, para trocas, stands de apresentação de pesquisas, entre outros”, detalhou a secretária, ao informar que Festival de Empreendedorismo Negro, Inovação e Economia Criativa será realizado no Centro Histórico de Salvador. “Vamos ocupar quatro praças do Centro Histórico: a Praça das Artes e os Largos Tereza Batista, Pedro Arcanjo e Quincas Berro D’Água”, disse. Ainda de acordo com Ângela Guimarães, a programação do evento vai mesclar “boas práticas, boas experiências” da Bahia e nacionais. “Experiências como a Feira Preta de São Paulo (maior festival de cultura negra e economia criativa da América Latina) vai estar, o Movimento Black Money, o Sebrae Nacional vai estar aqui, assim como experiências de territórios indígenas, de associações quilombolas, de comunidade marisqueira, de pescadores, dos povos de terreiro”.

Ainda de acordo com a gestora da Sepromi, uma das propostas do Festival é que universidades e institutos federais “possam conversar com as experiências populares” e “a gente (possa) visibilizar e divulgar as políticas públicas, mas também dar espaço para a produção de novas políticas públicas, de um novo ciclo de políticas públicas que atenda ao desenvolvimento desse empreendedorismo negro, que é múltiplo e que é diverso”.

A perspectiva é que, como parceiro da Secretaria na realização do Festival de Empreendedorismo Negro, Inovação e Economia Criativa, o IFBA contribua com a elaboração da programação e também participe do evento expondo e apresentando experiências, participando das mesas, realização de feiras, entre outras atividades. “É uma parceria assim mesmo ampla, alargada, extensa”, definiu a secretária Ângela Guimarães.

“Recebemos com muita satisfação o convite da Sepromi para sermos parceiros dessa iniciativa tão importante para o fortalecimento de políticas públicas, do empreendedorismo negro, das ações de inovação e economia criativa e, por extensão, importantes para o desenvolvimento social”, declarou a reitora do IFBA, Luzia Mota. Segundo ela, a parceria é “uma oportunidade valiosa” de o Instituto apresentar à sociedade algumas das “diversas iniciativas” que materializam a missão do Instituto e traduzem resultados de ações do IFBA que contribuem para o desenvolvimento socioeconômico e cultural da Bahia, além de possibilitar uma interlocução direta “com a população e movimentos sociais que atuam, militam e agem em prol do combate às desigualdades e ao racismo, e de fomento ao empoderamento e à emancipação de segmentos sociais que historicamente foram deixados à margem pelo Estado brasileiro”.

A proposta é que sejam apresentados no evento projetos desenvolvidos pelo IFBA nas áreas de empreendedorismo negro, inovação e economia criativa. “Além disso, teremos um espaço para apresentar à comunidade de Salvador o projeto do novo campus de Cajazeiras”, antecipou a reitora. Luzia Mota sublinhou que a participação do IFBA na realização do Festival é “um desafio” porque falta pouco mais de um mês para o evento, mas “estamos com toda a disposição para enfrentar e vencer esse desafio!”.

A reunião realizada na segunda (14) na Reitoria do IFBA contou também com a participação da pró-reitora de Desenvolvimento Institucional, Elis Lopes; a diretora de Políticas Afirmativas e Assistência Estudantil, Norma Souza; a assessora de Relações Internacionais, Claudia Alexandra Santos e o assessor de Relações Institucionais, Ronaldo Naziazeno.

Novembro Negro

A realização do Festival faz parte da programação do Novembro Negro e acontece no ano em que, pela primeira vez, o 20 de novembro será feriado nacional. “Após o 20 – e já no dia 21 – a gente quer abraçar a cidade e mobilizar o estado em torno desse evento”, afirma a secretária Ângela Guimarães. Ela destaca que estão sendo convidadas diversas autoridades, a exemplo das ministras da Cultura,  da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Igualdade Racial e de Direitos Humanos.

A secretária da Sepromi ressalta que a proposta do Festival é popularizar e difundir essas políticas públicas, trazer o mesmo ecossistema, desde políticas voltadas aos povos e comunidades tradicionais, quanto a “produção de ponta” do ponto de vista da “incorporação” da inteligência artificial, do desenvolvimento tecnológico, da inovação.

“Está todo mundo no mesmo ambiente, se fortalecendo, porque a gente sabe que o nosso histórico é de uma ciência muito apartada dessas experiências, de um ambiente, de um campo de pesquisa, de inovação pensada à margem da maioria do povo, e o povo resistiu até aqui, a população negra, os povos e comunidades tradicionais, as mulheres resistiram até aqui, desenvolvendo inclusive muitas tecnologias sociais que asseguraram o desenvolvimento da subsistência econômica”.

Na avaliação de Ângela Guimarães, o Festival possibilitará que as políticas do Estado “encontrem essas pessoas, que dão impulso a esses negócios – sejam startups, sejam pequenos negócios em comunidades urbanas ou rurais. Essa é nossa intenção: trazer para esse ecossistema esses vários lados”, conclui.

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